Let Go!

quarta-feira, outubro 01, 2008

Eu sou o fogo, o girassol, a parede que reflete a luz que entra no quarto vazio. Sou a lâmpada que acende, o sol no horário da meia-noite. Sou obra de Renoir, características de Amélie. Sou uma montanha russa de sentimentos, uma tempestade. Sou as cores que não fazem parte do arco íris, únicas, originais, sou Flicts. Sou um sorriso no rosto do outro, um brilho no olhar de alegria. Sou a Cinderela imperfeita que tropeça no vestido e cai. Sou cheia de graça com tempero de cravo e canela. Sou Vivaldi pela manhã, Mozart do desenho animado. Sou Lispector ou Averbuck. Sou Neoconcretismo aos quinze anos, sou a solidão dentro da sala do MAM. Sou Kahlo quando escrevo esse texto, tentando descobrir meu próprio enigma. Sou a unha do pé pintada de rosa escondida dentro do tênis pela meia de criança de cinco anos. Sou a marinheira loira ou a tartaruga no sol. Sou um origami com diversas dobraduras ou as fitas enlaçadas no cabelo. Sou o coelho que amarra tênis, o sapo no bloco de carnaval falido, a borboleta caçando leão, a coroa de princesa desritmada. Sou cenoura de aperitivo, goiabada para alguns, chuchu para outros. Sou uma pessoa dividida por mil, a poesia do céu estrelado, saumesch à distância com toque de drama e pimenta. Sou bolsa ao contrário, pulga com mel, quase um conto de fadas com finais distorcidos. Sou dadá, kleine schwester ou trapinho do dia das bruxas. Sou fala em um filme mudo ou gestos do expressionismo abstrato. Sou signo, significante e significado. Sou redbull com vodka junto da música que você esperou sua vida inteira para dançar, posso ser o globo do teto. Sou o sublime de Kant ou o inesquecível de Platão. Sou leão de Caetano, a morena do Camelo, ou a canção de infância de ninar. Sou cores sem nome da Calcanhoto que fazem diferença na vida de alguns como na revelação dos filmes fotográficos. Sou o texto sem parágrafo, a frase sem pontuação...Sou além da palavra ou do que qualquer um possa entender. Não sou muito, nem pouco, não sou quase nada, apenas Gab.

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